- Área: 334 m²
- Ano: 2016
-
Fotografias:Brandon Shigeta
-
Fabricantes: Hansgrohe, Arco, Aster Cucine, CBM Woodworks, Caesarstone, EOOS, Jenn‐Air, Stickbulb
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Residência da Família Janss, uma casa de 334 m², cujo projeto é atribuído ao arquiteto Frank Ghery e que se tornou referência no cenário artístico de Los Angeles nas décadas de 1970 e 1980, foi reformada pelo arquiteto norte americano Dan Brunn, do Dan Brunn Architeture. Sua intervenção foi marcada por sua linguagem minimalista ao incorporar pequenos detalhes do projeto original. O primeiro piso foi totalmente esvaziado para criar uma planta livre que pudesse acomodar, além dos espaços domésticos, um espaço de trabalho para o dono, o artista James Jean. O espaço interno foi organizado envolta de uma grande abertura zenital retangular e novas janelas foram adicionadas para trazer mais iluminação natural para a cozinha e áreas de estar. O arquiteto criou um painel ondulado para a parede da escada utilizando madeira. Este e os outros materiais empregados no projeto novo se relacionam aos do projeto original como o concreto e o vidro, criando um vínculo com as formas e materialidade usadas originalmente por Gehry.
Com um acabamento em escamas de cobre a entrada da casa recebe os visitantes e prepara para adentrar em um ambiente com painéis verticais brancos, planos de concreto e alguns detalhes em madeira de nogueira. Antes da grande sala de estar, o visitante é surpreendido por um painel de madeira nogueira que conforma parte da escada e direciona até a sala de estar. As ondas do painel são uma homenagem ao arquiteto Frank Gehry e ao artista residente, Jean, que trabalha com arabescos em sua produção artística. Feita artesanalmente, a escada expõe a verticalidade do ambiente, indicando este fluxo. Sua forma captura a luz do dia, acentuando os tons dourados da madeira, enquanto as lâminas valorizam o movimento de luz e sombra. Os planos se modificam de acordo com o fluxo da escada, criando uma variedade de experiências ao descer e subir.
O arquiteto Dan Brunn sugere uma sensação de abertura e continuidade no percurso até o segundo pavimento. Este ambiente é configurado como uma galeria para as obras do morador e é demarcado pela claraboia retangular, um importante detalhe arquitetônico do projeto original de Gehry, permanece como um elemento fundamental. Brunn decide por envolvê-la com um tecido que potencializa o brilho da abertura, além de inserir uma série de lâmpadas LED para acompanhá-la, juntos esses detalhes colaboram para criar uma ambiência no espaço. Durante a tarde, este brilho do teto transforma o ambiente interno a partir de diferentes cores.
O mobiliário define os espaços internos se aproveitando da planta livre, provendo espaços confortáveis para estar, ao mesmo tempo que permite a arte como objeto central. Um tapete de cor de carvão marca a área de estar acompanhado de um sofá italiano, prateleiras e poltronas desenhadas por Jean Prouvé na década de 1930. A mesa de centro em madeira foi feita sob medida e com técnicas da marcenaria tradicional japonesa e funciona como uma contrapartida às linhas de uma tela de autoria do morador, Jean, que compõe o ambiente.